Gravado em 22 de março de 2013.
A pasta de download contém a arte original (pensada para k7) e o segundo lado do álbum, que é composto de um só som (dividido em dois para o bandcamp).
Sugerimos a escuta sem interrupção dos lados do álbum.
Recorded in march 2013.
The download folder comes with original k7 artwork and the b side of the album (which contains only one piece, split in two so it could fit on bandcamp).
We suggest the uninterrupted listening of the album sides.
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XXII
TODO TODO É ABERTO
O que está aqui contido é som e somos nós. A eletricidade movimenta o ar. Recebemos e moldamos as frequências, desrespeitamos os ciclos, esquecemos das datas, corpos sólidos que somos (às vezes mais, às vezes menos). Você pode talhar leis em pedras, mas o que você pode talhar no ar? Talvez esse seja o caminho para uma sonoridade da borda. A intenção é transpôr o abismo, ignorar o cão racional que puxa nossas pernas. Como primeiro passo escolhemos a criação (a criação acrescenta algo ao instante anterior e a duração é o espírito do instante). Uma nova temporalidade que se faz necessária para uma nova espacialidade. O mundo é posto para ser eliminado ou transformado — O segundo passo é inserir essa criação num ciclo de aprofundamento e verticalização pela mudança. O rio adora seu movimento. O sentido encontrado não nos momentos congelados, mas nas dinâmicas e na acumulação progressiva. Repetir nunca é repetir. O terceiro passo é a conjuração evidente de todo o arsenal, coleta-captura. Nosso critério é a utilização contrapontística de material; combinação desestabilizadora: tradução de guerrilha. Os objetos encontrados, bricolados, apropriados não em si, mas sempre por sua rede de relações. Quarto passo da queda para o abismo: o convite ao erro, a aceitação do não-planejado. Uso do algarismo que poderíamos des-contar. Construir é tarefa árdua e destruir (quando não é forma de controle) ainda mais. O quinto passo é a desmontagem, sutil ou violenta, a aniquilação que dá cara nova ao produto. Vidraças quebradas, pedra erodida no fundo do rio que adora seu movimento, areia jogada aos olhos pelo vento. A criação não é bem de uma obra, mas de uma subjetividade para ela pronta. Operamos a cria, gastamos, colocamos ela lá onde não se deve. Já pensou em rasgar uma nota de cem? O círculo se abre em três movimentos, eixos, vozes: a análise e distanciamento, a sabedoria selvagem, a libertação pela escuta.
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